Tecnologia

Unidades da Embrapa no DF são destaques na 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

Começou no último dia 14/10 e segue até o próximo domingo (22/10) a 20ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). Neste ano, o tema do evento é “Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável”. No Distrito Federal, a 20ª SNCT será realizada no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, das 9h às 19h, com visitação aberta ao público, especialmente jovens e estudantes de escolas e universidades públicas e privadas da capital federal e Entorno. A entrada é franca.

Como de costume, Unidades da Embrapa no DF – Embrapa Agroenergia, Embrapa Cerrados e Embrapa Hortaliças – estarão presentes no evento, apresentando tecnologias e publicações da Empresa.

A Embrapa Hortaliças, por exemplo, vai mostrar ao público a diversidade dos trabalhos desenvolvidos no Centro de Pesquisa, especialmente em relação ao consumo consciente da água. Entre as tecnologias estão o morango BRS Fênix; as Plantas Alimentícias não Convencionais (PANCs); sistemas de Hidroponia; e o Irrigas, produto desenvolvido para otimizar o uso de água na irrigação.

O Centro de Pesquisa também irá divulgar o material impresso do Projeto Hortaliças Não é Só Salada, do morango BRS Fênix e do Peixinho (PANC que estará em exposição da 20ª SNCT), além do livro 50 Hortaliças.

Precocidade

O morango BRS Fênix foi desenvolvido pela Embrapa Clima Temperado (RS), com a participação da Embrapa Hortaliças, Embrapa Meio Ambiente (SP) e Embrapa Uva e Vinho (RS). Trata-se de uma cultivar nacional de morangueiro que se destaca pela precocidade do início da produção dos frutos.

Isso permite um intervalo menor entre plantio e início da colheita, aumentando a janela de produção por até sete meses (de junho a dezembro) e estendendo a oferta de frutas de qualidade. Para o produtor, essa característica maximiza o retorno econômico pela obtenção de preços mais elevados em período anterior às principais cultivares disponíveis no mercado.

Folha de “lambari”

O Peixinho, por sua vez, é uma hortaliça herbácea perene nativa da Turquia, da região do Cáucaso e da Ásia Central. No Brasil, é cultivado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste em locais de clima ameno, pois não tolera calor excessivo: tem o crescimento limitado acima de 35 °C. O nome popular da planta remete ao formato da folha quando preparada e ao sabor peculiar, que lembra um lambari frito. Por isso pode ser utilizada em diversas receitas.

Hidroponia

Nos sistemas hidropônicos as plantas são cultivadas em substrato ou solução nutritiva e não no solo. Além de água, a solução nutritiva oferecida às plantas contém todos os nutrientes essenciais, como nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, ferro, boro, manganês, cobre, zinco e molibdênio. A hidroponia raramente é feita a céu aberto. Normalmente o cultivo é feito dentro de estufas de plástico, estruturas menores chamadas túneis altos e túneis baixos ou mesmo em edifícios fechados com iluminação artificial.

Acessível e prático

Outra tecnologia apresentada pela Embrapa Hortaliças, o Irrigas® é um equipamento desenvolvido para o manejo da água de irrigação. Pode ser utilizado para diferentes espécies de hortaliças, tipos de solos e sistemas de irrigação. Trata-se de um Sistema Gasoso de Controle de Irrigação baseado em uma cápsula porosa conectada por um tubo de plástico flexível a uma cuba transparente de leitura. É utilizado para avaliar a tensão de água no solo, que afeta diretamente a absorção de água pelas plantas. Esse equipamento foi patenteado pela Embrapa. O sensor Irrigas® é durável, apresenta custo relativamente baixo e não requer manutenção.

Cerrados

Já a Embrapa Cerrados apresentará aos estudantes a tecnologia de Bioanálise do Solo (BioAS), que permite identificar a saúde do solo com uso de bioindicadores. Os componentes biológicos proporcionam uma avaliação completa do solo, junto com as análises das características físicas e químicas, que já eram feitas em laboratório.

Comparada a um “exame de sangue” do solo, a BioAS faz a análise de duas enzimas, antecipando problemas não visíveis que podem impactar o desempenho econômico das lavouras e a sustentabilidade dos agroecossistemas.

No estande, os alunos poderão ver com o solo reage às enzimas e geram resultados diferentes na análise. Também serão apresentados os inoculantes para soja e feijão, produtos que contêm bactérias que captam o nitrogênio do ar para fixá-lo no solo. Essa tecnologia evita o uso de adubos nitrogenados na agricultura brasileira e gerou uma economia de mais de R$ 125 bilhões somente na última safra.

Além disso, os estudantes conhecerão as novas cultivares de pequizeiro desenvolvidas pela Embrapa, incluindo as de pequi sem espinho, lançadas neste ano. O baru e suas sementes tão apreciadas no Brasil e no exterior também poderão ser vistos neste ano.

Outro destaque é a Coleção Entomológica, com insetos do Cerrado e de outros biomas, entre mariposas, borboletas, besouros, abelhas, moscas, gafanhotos e outros. O acervo da coleção conta com cerca de 100 mil exemplares de 25 mil espécies, todos catalogados com identificação da espécie, local e época de ocorrência, biologia e controle biológico.

Agroenergia

A Embrapa Agroenergia estará presente com uma Exposição de macrofungos (cogumelos) e a aplicação para alimentação animal; um reator com macroalgas e a aplicação para bioprodutos; Semente e óleos potenciais para produção de biocombustíveis; um microscópio para ver plantas, sementes e insetos; distribuição dos materiais infantis Conhecendo um pouco os biocombustíveis e Desafios com Ciência, além da exibição da videoanimação Caminhos do Biodiesel.

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